Na tarde do dia 12 de agosto, 6 ativistas pela justiça climática de vários coletivos, entre eles Climáximo e Scientist Rebellion, foram à sede da Galp procurar pelo Andy Brown, CEO da Galp e perigoso criminoso climático, para o trazer perante um tribunal popular. Ao chegarem à porta da torre A, entrada principal, depararam-se com uma forte presença policial (mais de uma dezena) além dos seguranças privados da Galp. Dois dos ativistas dirigiram-se à entrada com o objetivo de trazer Andy Brown à Justiça, tendo sido impedidos pelos seguranças. Não obstante, o tribunal prosseguiu com uma pessoa a representar Andy Brown. No final a polícia identificou um dos ativistas, sem ser clara a razão para tal.
Esta ação faz parte da campanha Gás é Andar Para Trás. Em simultâneo, na Alemanha, acontece a ação “Ende Gelände” (“Isto Acaba Aqui”) onde ativistas vão bloquear a construção de um porto de gás fóssil, chamado de Gás Natural Liquefeito (GNL), onde estão presentes ativistas do Climáximo. Tanto na Alemanha como aqui em Portugal, o gás fóssil aproxima-nos do colapso climático. O gás “natural” é rotulado de “verde” e “limpo” pela propaganda empresarial e discursos políticos e institucionais; o gás é tão natural como o petróleo, sendo o seu componente principal – o metano – muito mais poluente do que o dióxido de carbono e um acelerador exponencial da crise climática. Em Portugal, a Galp é a maior importadora e exploradora de gás fóssil.
A campanha Gás é Andar Para Trás exige o cancelamento de todos os projetos de novas infraestruturas de gás, incluindo a expansão do Terminal de GNL em Sines e a construção de novos gasodutos. Exige igualmente a substituição progressiva do gás por fontes renováveis de energia, o mais próximas possível dos locais de consumo, reduzindo custos energéticos e garantindo novos postos de trabalho dignos em todo o país. Exige-se, assim, uma transição justa que garanta a formação e requalificação profissional dos trabalhadores, liderada pela sociedade civil, pelas populações, e pelos trabalhadores.