Tudo sobre a plataforma de ação parar o gás em pararogas.pt


Esta segunda-feira, 23 de janeiro, um grupo de apoiantes da plataforma Parar o Gás  protestou contra à construção de gasodutos em Portugal na central de distribuição da REN no Porto.

Os ativistas reclamam que é possível existir soberania energética, sendo esta produzida 100% através de energia renovável e acessível para todas as famílias até 2025.

O plano apresentado ontem pelo primeiro-ministro António Costa, que prevê a construção de um gasoduto que atravessa a paisagem do Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial da UNESCO, é uma irresponsabilidade para com as gerações mais jovens e futuras, declara o grupo de apoiantes da plataforma.

Um ativista refere que o estado cedeu à REN a tutela de transporte de gás fóssil até 2048. O estado pode e tem o poder para cancelar este contrato. Só parando de utilizar gás “natural” é que Portugal conseguirá cortar 75% das suas emissões até 2030.

Nos cartazes lêm-se “Sabes de onde vem a nossa energia?” e “Gasoduto No Alto Douro Não”.

O gás fóssil introduzido em Portugal em 1997 é um dos principais fatores para o aumento do custo de vida, contribuindo também para a crise climática. As empresas fósseis têm atualmente planos para aumentar a exploração de gás fóssil no Brasil, Angola e Moçambique; assinam contratos para aumentar a importação de gás da Nigéria, Qatar e EUA (e continuando a importar gás da Rússia) que nos amarram ao gás fóssil até 2047.  Ou seja, querem expandir as infraestruturas de gás fóssil em plena crise climática, quando é sabido que o único caminho para a sobrevivência é encerrá-las.

Os ativistas comprometem-se a, nesta primavera, bloquear o funcionamento do terminal de Gás Natural Liquefeito em Sines, a porta de entrada da maior parte do gás fóssil em Portugal, com a maior e mais disruptiva ação de Desobediência Civil que aconteceu em Portugal

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