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Dos 15 novos contratos de prospecção e exploração de combustíveis fósseis em território nacional que estavam activos há não muito tempo, os dois únicos que ainda não foram cancelados são os contratos de gás na zona centro, em Pombal e Leiria, mais concretamente em Aljubarrota e Bajouca. No 4.º Encontro Nacional pela Justiça Climática, trouxemos novamente o tema a debate, contando com a participação de activistas do Movimento do Centro contra a Exploração de Gás e do acampamento de acção Camp-in-Gás.
Reproduzimos abaixo um breve relato dessa sessão.
Exploração de Gás em Portugal
Apresentação dos locais de exploração de gás em Portugal, a maioria deles entretanto inactivos, sendo que de momento a luta se centra em Aljubarrota e Bajouca. A zona do centro tem um largo historial de perfuração, mas foi o mediatismo do furo de Aljezur que impulsionou a luta contra estes furos, cujas licenças foram concessionadas à Australis. Foi feita uma explicação da diferença entre sondagem, prospecção e exploração, e entre fracking e gás dito convencional. Chamou-se a atenção para o facto da oposição aos furos, e dos próprios estudos, se focar sobretudo no fracking, mas não no gás convencional, que muitas vezes é considerado como “gás bom”, criando assim uma falsa ideia do problema e impedindo um combate concertado ao extractivismo. Foram abordadas as questões legais dos contratos e das licenças; de como os pedidos de licenças terminam 90% das vezes em autorizações para exploração; e que os estudos de impacto ambiental são, na realidade, apenas um processo burocrático a ser cumprido. A lei não está do lado do ambiente, mas sim das empresas.