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“A taxonomia europeia destina-se a dar orientações para investimentos necessários orientados e em linha com a transição económica da Europa. Os planos da Comissão Europeia divulgados nos últimos dias para incluir a energia nuclear e o gás natural (fóssil) como investimentos verdes são desastrosos. A energia nuclear é insustentável devido aos graves riscos de segurança, custos e aos problemas relacionados com os resíduos. Por sua vez, o gás natural emite grandes quantidades de gases com efeito de estufa nocivos para o clima ao longo de toda a cadeia de extração e transporte, nomeadamente metano. Os investimentos em energia nuclear e gás natural não são compatíveis com a trajetória de neutralidade climática da União Europeia e não podem ser considerados investimentos sustentáveis ou com contributo para os objetivos climáticos europeus. Se isto acontecer, corremos o risco de estar a estender novamente o tapete à promoção de projetos obsoletos e extremamente prejudiciais para o planeta.
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A posição pública de Portugal sobre a classificação do gás natural como merecendo uma rotulagem verde a nível europeu não é conhecida e tem imperado o silêncio. Mais ainda, a ZERO tem levantado diversas questões de perpetuação do uso desde combustível fóssil à custa dos planos de injeção de uma pequena percentagem de hidrogénio na rede de transporte de gás natural, obrigando ao uso continuado de gás, mesmo que com menor impacte ambiental.
Os esforços para limitar o aumento da temperatura global em 1,5° C não deixam espaço para os combustíveis fósseis, incluindo o gás fóssil num futuro próximo. Uma maior fração de fontes de energia renovável é o caminho a seguir para uma maior resiliência, independência energética e preços mais baixos.“