No âmbito da campanha Gás é Andar para Trás, ativistas pela justiça climática do Climáximo e da Scientist Rebellion realizaram uma ação directa na sede da EDP em Lisboa, para denunciar a narrativa falsa da EDP que pinta o gás como solução de transição.

Descobre como é que EDP está a dar gás ao caos climático AQUI

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A EDP é uma das principais importadoras de gás “natural” em Portugal, sendo a proprietária de 2 centrais de produção de eletricidade através de gás – a Central Termoelétrica do Ribatejo e a Central Termoelétrica de Lares. Esta empresa tem investido numa série de políticas de greenwashing e whitewashing, publicitando o gás como uma solução ecológica.

As ativistas visitaram esta tarde a sede da EDP em Lisboa, exibindo faixas onde se pode ler que gás “natural” é um combustível fóssil, é sujo, caro e mata. A exploração de gás fóssil está diretamente associada a violência, expropriação e conflitos e a queima de gás fóssil leva-nos a um só rumo: o do colapso climático. Não há gás limpo.

Denunciamos os planos de expansão energética da EDP. A EDP comprometeu-se a importar gás fóssil até 2040, prendem-nos a este combustível fóssil e impossibilitando uma real transição energética.

Denunciamos a tentativa de greenwashing da EDP. A indústria fóssil utiliza o gás para aumentar os seus lucros à custa da subida dos preços, ao mesmo tempo que se desresponsabiliza dos crimes contra a humanidade que tem cometido e continua a cometer.

A campanha Gás é Andar para Trás exige o encerramento faseado de todas as infraestruturas existentes de produção de eletricidade a partir de gás fóssil, com uma transição justa que garanta a formação e requalificação profissional dos trabalhadores, liderada pela sociedade civil, pelas populações e pelos trabalhadores.

Exige igualmente a substituição progressiva do gás fóssil em todos os sectores por fontes renováveis de energia, que se encontrem o mais próximas possível dos locais de consumo, de forma a reduzir os custos energéticos e garantir novos postos de trabalho dignos em todo o país.

As ativistas convocam o acampamento de ação, Acampamento 1.5, a ter lugar entre dias 6 e 10 de Julho, em Melides, Grândola, onde as pessoas comuns e vários coletivos vão discutir uma verdadeira transição justa e rápida e organizar ações contra o capitalismo fóssil.

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