Hoje à tarde, activistas do Climáximo e do Scientist Rebellion concentraram-se na sede da REN em Lisboa, para denunciar o crime contra a humanidade da REN por planear expandir o terminal de gás fóssil em Sines e construir novos gasodutos, bloqueando uma transição energética real e justa.
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Descobre como é que REN está a bloquear uma transição justa AQUI
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No âmbito da campanha Gás é Andar para Atrás, activistas pela justiça climática concentraram-se hoje à tarde na entrada da sede da REN – Redes Energéticas Nacionais -, em Lisboa, num protesto performativo onde, ao ritmo da canção Bella Ciao, denunciaram os planos criminosos de expansão fóssil da REN. Os manifestantes usaram mascarás de gás e seguraram faixas onde se podia ler “Gás fóssil bloqueia transição”. Actualmente, a REN apresenta planos para a expansão do Terminal de Gás Liquefeito (GNL) em Sines e a construção de novos gasodutos em Portugal. As activistas alertam que é preciso 10% de corte nas emissões todos os anos e que os planos da REN avançam no sentido contrário.
O que está a acontecer é uma expansão energética e não uma transição.
Os planos da REN e governo tornam-nos reféns de negócios caros e de longo-prazo e aprisionam-nos a infraestruturas de combustíveis fósseis. A expansão destas infraestruturas tem como único objetivo aumentar a curto prazo o lucro dos acionistas e como único fim uma catástrofe climática sem precedentes. Continuar a importar gás fóssil é um crime contra a humanidade. A REN sabe isso e escolhe cometer este crime. Uma transição para energia renovável e acessível é urgente. A invasão da Ucrânia e o corte do gás proveniente da Rússia deveria acelerar a transição para 100% energias renováveis. É esse o plano anti-guerra que garante a soberania e independência energética, colmata a pobreza energética e garante a resiliência das comunidades e ecossistemas.
Esta acção relembra que a capacidade actual de importação, distribuição e tratamento de gás na Europa é superior à necessária e que, não só é um crime contra a humanidade iniciar novas explorações de gás, como cerca de metade dos locais de extração de combustíveis fósseis existentes precisam de ser encerrados antecipadamente para que o aquecimento global seja limitado a 1,5º C.
A campanha Gás é Andar para Trás exige o cancelamento de todos os projetos de novas infraestruturas de gás, incluindo projetos de expansão do Terminal de GNL em Sines e construção de novos gasodutos. Exige igualmente a substituição progressiva do gás fóssil em todos os sectores por fontes renováveis de energia, que se encontrem o mais próximas possível dos locais de consumo, de forma a reduzir os custos energéticos e garantir novos postos de trabalho dignos em todo o país.
As ativistas convocam o acampamento de acção, Acampamento 1.5, a ter lugar entre dias 6 e 10 de Julho, em Melides, Grândola, onde o público geral e vários coletivos vão discutir uma verdadeira transição justa e rápida e organizar ações contra o capitalismo fóssil.